Ir para o conteúdo

Prefeitura de Cássia-MG e os cookies: nosso site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar você concorda com a nossa Política de Cookies e Privacidade.
ACEITAR
PERSONALIZAR
Política de Cookies e Privacidade
Personalize as suas preferências de cookies.

Clique aqui e consulte nossas políticas.
Cookies necessários
Cookies de estatísticas
SALVAR
Prefeitura de Cássia-MG
Acompanhe-nos:
Rede Social Facebook
Rede Social Instagram
Rede Social Youtube
Notícias
Enviar para um amigo!
Indique essa página para um amigo com seus dados
Obs: campos com asterisco () são obrigatórios.
Enviando indicação. Por favor, aguarde...
SET
07
07 SET 2022
RÁDIO CULTURA FM COMEMORA 74 ANOS NO AR.
enviar para um amigo
receba notícias
RÁDIO CULTURA FM COMEMORA 74 ANOS NO AR.

O ilustre cassiense João Pimenta de Assis, com o intuito de colaborar com o progresso de sua terra natal, teve a arrojada iniciativa de fundar a Sociedade Rádio Cultura de Cássia, em 14 de dezembro de 1947, enriquecendo o patrimônio cultural de Cássia. Contou com o valioso apoio dos grandes amigos como Luciano de Mello Baptista, prefeito municipal da época, Joaquim Tito Pereira e Rotschildes Porfírio Borges.
Foi importante a atuação de Luiz Sandoval Braga, com seus artigos entusiasmados em “A Vanguarda” e na organização e direção artística da emissora.
        Afonso Combat providenciou toda a documentação em tempo hábil a fim de conseguir o prefixo. Auxiliaram também José Salerno, Luiz Machado, José Cravo, Daniel Puntel, o monsenhor Geraldo Magela do Amaral Teixeira, José Lomonte e sua filha Imaculada Lomonte, a Ladinha.
        De São Paulo e do Rio de Janeiro, alguns amigos através de Arthur Bernardes também ajudaram a obter a autorização de funcionamento da Rádio Cultura e na aquisição do transmissor da Marinha, usado na Segunda Guerra Mundial, com potência de 100 watts.
        Em abril de 1948 chegaram o transmissor, a torre, antena e demais equipamentos adquiridos na ‘Organização Álvaro Macedo’, de São Paulo e foram montados pelo engenheiro Álvaro Macedo Júnior e, em caráter experimental, dia 22 de maio, foi ao ar, pela primeira vez a onda da Rádio Cultura de Cássia, segundo determinações legais do Ministério da Viação e Obras Públicas. Em agosto, a comunicação oficial do prefixo da emissora chegou: ZYQ-7, sendo autorizado seu funcionamento normal.
        Finalmente no dia 7 de setembro, às 10h da manhã, deu-se a benção de todas as dependências da emissora, com a respectiva aparelhagem, pelo monsenhor Geraldo Magela do Amaral Teixeira, vigário da paróquia. Às 14h realizou-se a inauguração da Rádio Cultura de Cássia, cujo auditório recebeu todos os convidados.
        Após os acordes do Hino Nacional falaram: João Pimenta de Assis, discursando sobre a cerimônia e sua importância; Luciano de Mello Baptista seguido de autoridades presentes elogiando o grande evento. Em seguida foram servidos doces e champagne aos presentes.
        Eram locutores: Antônio Arcelo, que trabalhou na Rádio por 17 anos; sua filha Maria Arcelo, Nereu Teodoro de Souza, Arnaldo Pinto Vieira, o Juju e Antônio Vasconcelos, o Inseto.
        A programação era composta de seleção de valsas, sambas e marchas. Na época, a Rádio Cultura ganhou facilmente a audiência dos cassienses e cidades vizinhas com os primeiros sucessos sertanejos da “época de ouro do rádio- Raul Torres e Florêncio- Jararaca e Ratinho, Tonico e Tinoco, Alvarenga e Ranchinho e outros”.
        Os ouvintes vibravam ao som das canções populares de Orlando Silva, Carlos Galhardo, Vicente Celestino, Carmem Miranda, Dalva de Oliveira e tantos outros. Aos domingos, nos programas de auditório, o maestro Alfredo Rosa Lima colaborava com o seu conjunto formado por Benedito de Alcântara, Onofre Piluchia, José Ourives e outros. Alfredo Rosa Lima destacava-se por sua dedicação e competência a serviço da emissora cassiense.
        Outro grupo que deixou nome na história da Rádio foi o ‘Trio Montanhês’, famoso pelas apresentações em Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Seus componentes eram João Reis Filho, Renzo Pará de Souza e Antônio Vasconcelos, o Inseto. 
        Também deixou saudades o ‘Conjunto Amadores Q-7’ dirigido por Renaldo Azevedo Borges, o Tio Pila, com Reilda Salgado, Roberto Antônio Pinto, Levi, Tereza, João Reis, Azevedo e Inseto; Alegrando as tardes de domingo dos ouvintes, Alvarina Morais e suas filhas Zeli e Maria Amália, a Babaia. Além dos programas: Roda de Violeiros - Recital Infantil – e o Jornal falado, com a participação de Maria Dolores Pimenta.
        Sem esquecer a apresentação de peças teatrais dirigidas por Álvaro Oliveira Guimarães, que além de escrever comédias e dramas também escrevia as peças teatrais, nas quais os próprios funcionários e radialistas formavam o elenco.
        Assim, a Rádio Cultura nasceu predestinada a permanecer alegrando e levando cultura aos ouvintes.
Melhorias
        Quatro anos mais tarde, a Sociedade Melhoramentos de Cássia (MECA), 1952, adquiriu a emissora sendo diretor Raul de Azevedo Barros. Em 1962, a rádio estava para ser vendida novamente e fatalmente seria levada para outra cidade, quando o projeto do vereador Benedito Calixto de Andrade acatado pelo então prefeito municipal Sebastião Arantes, ela passou a ser propriedade da Prefeitura Municipal.
        Manoel Fernandes Ribeiro Junior, conhecido como ‘Mané Português’, foi eficiente assistente técnico da Rádio Cultura durante muitos anos.
        No início de1962, Antônio Borges, o Toninho Borges assumiu a direção desta emissora, que passava a pertencer a prefeitura municipal e muito entusiasmado deu uma nova dinâmica e embalo à emissora que teve um impulso muito grande ganhando expressiva audiência. 
        Toninho Borges e Antônio Mussoline Salerno faziam os programas de telefone com audiência total em Cássia e nas cidades vizinhas que participavam, atendendo sua correspondência por cartas, com grande liderança na região, pois só eram atendidas as cartas de ouvintes. As cartas chegavam aos montes pelos Correios das cidades de Pratápolis, Itaú, Delfinópolis, Ibiraci, Capetinga, São Sebastião do Paraíso, Jacuí, dentre outras.
        Havia também nesta época programas de juventude, com José Perone Neto e Marquinhos, que tocavam sucessos de Elvis Presley e outros ídolos do rock.
        O prefeito Waldomiro Augusto Faleiros, em 1968 construiu um novo estúdio e reformou a aparelhagem de som. Diante de progressos tecnológicosdos meios de comunicação, a Rádio Cultura exigiu mudanças.    Desde a sua fundação funcionava com um transmissor de 100 watts de potência. Seu sistema irradiante (antena) localiza-se em plena cidade. Tal localização foi condenada pelos fiscais do Departamento Nacional de Telecomunicações (Dentel) - órgão do governo responsável pelo controle do setor de telecomunicações-, motivo para que se caçasse sua licença de funcionamento.
        Foram necessárias a substituição do transmissor e a mudança de localização da antena. O prefeito Afrânio Spósito autorizou a remodelação total do prédio onde funcionava a Radio Cultura, adquiriu novo transmissor de 250 watts e nova antena.
        Na ocasião Roberto Batista de Azevedo, num gesto de desprendimento cedeu sem qualquer ônus para a prefeitura, o local em sua fazenda para que se instalasse a referida antena, inclusive com espaço para a casa do transmissor.
        O raio de abrangência ficou ainda maior, a qualidade do som também e o Dentel atualizou o prefixo para ‘ZYL-223’ Rádio Cultura de Cássia. Na cerimônia de inauguração das novas instalações, em 1º de novembro de 1980, o prefeito Afrânio Spósito homenageou o fundador da emissora dando ao auditório o nome de João Pimenta de Assis. João  discursou agradecendo o notável gesto de gratidão e reconhecimento ao seu empreendimento.
        Mas, o tempo foi passando e outros diretores assumiram nomeados pelos prefeitos no comando da Rádio Cultura. Hélio Scchitanno veio de Franca, mas ficou pouco tempo, depois foi a vez de José Chaves que também permaneceu pouco tempo, já que se transferiu para outra cidade para trabalhar como contador.
        Finalmente Antônio Mussoline Salerno assumiu a emissora em 1970 e foi até 1976. Quando então se licenciou e foi para Campo Belo comandar o serviço de rádio, jornalismo da Rádio Clube de Campo Belo, ficando por lá por apenas um ano e retornou para a Rádio Cultura de Cássia.
        Nesse período então comandava a emissora Aparecido Portela. Voltando Mussoline Salerno, ficou na gerência e João Batista Pereira, o reverendo, com a direção. Depois, com a mudança na política João Batista Pereira deixou o cargo e entrou em seu lugar Odilon Violante, que permaneceu no cargo durante seis anos.
        Em março de 2008 a Rádio Cultura foi tombada como Patrimônio Histórico de Cássia. Desde 1962 até os dias atuais, todos os prefeitos deram uma atenção especial à Rádio. Cada um contribuiu e ainda contribui para que o patrimônio cultural que é a emissora continue atuante.
 
Seta
Versão do Sistema: 3.4.1 - 29/04/2024
Copyright Instar - 2006-2024. Todos os direitos reservados - Instar Tecnologia Instar Tecnologia