Comunicado - Central Covid

A primeira coisa é em relação ao teste rápido. Ele identifica os anticorpos que o organismo cria em contato com o vírus, e só podemos realizá-lo após 8 dias do início dos sintomas (porque, antes disso, não dá para o corpo criar os "soldadinhos de defesa"). Mesmo quem já se curou há meses ainda fica com anticorpo no organismo, e o teste rápido vai ser positivo, sem a pessoa transmitir a doença. Diferente do PCR (swab da garganta), que é feito em casos internados e identifica um "pedacinho" do vírus, e que fica positivo enquanto a pessoa ainda está doente e transmitindo.

Duas pessoas que são da mesma família ainda permanecem em isolamento dentro do domicílio, 1 com sintomas leves e a outra teve sintomas anteriormente e no momento já está assintomática. Após 72h Sem sintomas, acredita-se que a pessoa não transmita mais o vírus.

Os outros 3 casos foram isolados na ocasião do passado, mas como foi explicado na errata, não havia teste rápido naquela época, e só se testava em quem estava hospitalizado (grave). Agora, como chegaram testes rápidos, estamos testando quem ficou em isolamento e notificado segundo o protocolo. Essas pessoas não transmitem mais a doença (pois como disse acima, após 72h sem sintomas, acredita-se que não há mais transmissão).

Além disso, esses casos que estão no boletim como “internação hospitalar em outro município” ainda não têm resultado de teste, então não podemos falar se é COVID ou não.

Por fim, este não é o momento para julgamento de quem se contaminou. No entanto, é sempre válida a reflexão de como está a conduta de prevenção de cada um, pois já sabíamos da possibilidade do vírus estar circulando em Cássia. O Brasil inteiro é considerado área de transmissão comunitária, isso é, pode-se pegar o vírus em qualquer local do país e muitas pessoas apresentam sintomas leves ou nem apresentam sintomas.

Filipe Faleiros - Médico da Central Covid-19

Cássia , Minas Gerais , 24 de Junho de 2020

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